Pesquisar

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A desagregação do Império Romano



A queda do Império Romano
A chegada dos hunos e a ameaça visigótica
por:Isis Carolina Almeida Fernandes Santos


As antigas crônicas chinesas mencionavam um povo nômade e guerreiro das estepes asiáticas, denominado Xiong-Nu os hunos. Parentes dos turcos, os hunos ganharam a fama de guerreiros invencíveis. Com seus inseparáveis cavalos, eram também considerados os mais hábeis cavaleiros do mundo. No século IV, apesar da Grande Muralha chinesa, os hunos conquistaram o norte da China. Enquanto isso, outro grupo, o dos hunos ocidentais, rumava para o oeste. Em 370, depois de atravessarem os rios Volga e Don, esses hunos entraram em contato com os ostrogodos, no sul da Rússia, e derrotaram-nos em 375. Os ostrogodos que não aceitaram submeter-se fugiram para o Ocidente e se juntaram aos visigodos. Mas estes, pressionados pelos hunos, inimigos que julgavam incapazes de vencer, suplicaram ao imperador da parte oriental do Império Romano, Valente (364 - 378), a permissão para ingressar em seus domínios. Perto de 200 mil visigodos atravessaram o Danúbio, com autorização imperial, para se instalar no território romano da Ilíria. Foi um erro do imperador. Uma vez em segurança, os visigodos marcharam em direção ao Mediterrâneo, pilhando o que encontravam pelo caminho. Valente deu-se conta do erro e, confiante, resolveu enfrentar os visigodos em Adrianópolis, em 9 de agosto de 378, mas teve seu exército aniquilado pela cavalaria visigótica e ele próprio foi morto. Felizmente para os romanos, Teodósio (379 - 395), sucessor de Valente, impediu que os visigodos tomassem Constantinopla, forçando-os a fazer um acordo pelo qual deveriam instalar-se na Trácia como federados.

A queda de Roma

A união temporária romano-bárbara contra os hunos não eliminou a instabilidade interna em que se encontrava a parte ocidental do Império. Em 476, um grupo de bárbaros composto por hérulos e godos, que serviam como mercenários em Roma, estava reivindicando o estatuto de federados, o que lhe daria o direito de obter terras e, aos chefes, o de receber tributos. Diante da negativa imperial, um desses chefes, Odoacro, um hérulo, tomou a iniciativa de derrubar o fraco imperador Rômulo Augústulo (475 - 476) e assenhoreou-se da Itália, coroando-se rei. Desaparecia, assim, o Império Romano do Ocidente.
Um dos fatos decisivos para a queda de Roma foi a amplitude das fronteiras do Ocidente romano, o que impossibilitava que fossem totalmente guarnecidas. Para sua infelicidade, ocorreu também que as migrações germânicas tomaram clara e decididamente a direção ocidental. Nesse ponto, a divisão do Império consumada por Teodósio foi altamente negativa para o Ocidente, pois a defesa dos ataques germânicos contra o Ocidente não contou com uma ação coordenada diante de um inimigo comum. Para piorar a situação, a parte oriental, encabeçada por Constantinopla, usava meios diplomáticos para desviar os germânicos para o Ocidente, como aconteceu com os visigodos.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Reforma Agrária

Na medida em que conquistava novos territórios, Roma empreendia não apenas a sua supremacia militar frente a outros povos da Antiguidade. A cada região tomada, as terras eram empregadas no alargamento das fronteiras econômicas romanas. Desse modo, as atividades agrícolas, o comércio e o emprego de mão de obra escrava determinavam interessantes transformações. Além do enriquecimento, a conquista de terras provocou o alargamento das diferenças sociais.
Ficando com boa parte das terras conquistadas, os patrícios conseguiam produzir mais gêneros alimentícios e oferecer os mesmos a preços cada vez mais reduzidos. Essa situação acabou prejudicando os pequenos e médios proprietários plebeus que viviam na Península Itálica. Não conseguindo competir com os baixos preços impostos pela supremacia econômica dos patrícios, muitos desses proprietários menores vendiam suas terras e acabavam se tornando mão de obra barata nos centros urbanos romanos.
Com o passar do tempo, essas cidades, principalmente Roma, acabaram se transformando em palco de terríveis tensões sociais. A grande disponibilidade de escravos acabou limitando significativamente as vias de inserção econômica e social desses plebeus que se dirigiam às cidades. Além disso, os núcleos urbanos vivenciaram um insuportável inchaço demográfico que se sustentava na proletarização dos plebeus romanos.
Visando aplacar esses problemas, os tribunos da plebe e irmãos Tibério e Caio Graco resolveram estabelecer reformas que resolvessem esse grave problema que se desenvolvia. No ano de 133 a.C., Tibério Graco conseguiu aprovar uma lei agrária que limitou a extensão das terras pertencentes à nobreza e determinou a distribuição de terras públicas para os despossuídos. Desconfortáveis com tal lei, os grandes proprietários arquitetaram e executaram o assassinato de Tibério e 500 de seus asseclas.
Dez anos mais tarde, Caio Graco ascendeu ao cargo de tribuno da plebe com claras intenções de retomar os projetos de seu falecido irmão. Para tanto, conquistou o apoio político dos cavaleiros romanos ao beneficiá-los com uma lei que lhes concedia o direito de participar dos tribunais que controlavam a administração dos recursos públicos empregados nas províncias romanas. Além disso, ampliou suas bases de apoio ao propor a ampliação da cidadania romana aos demais povos aliados da Península Itálica.
A partir de então, Caio conseguiu aprovar leis que determinaram mudanças na forma de distribuição das terras conquistadas em Tarento e na Cápua. Logo em seguida, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que estipulava a venda de trigo a valores menores para os cidadãos mais pobres. Reeleito em 122 a.C., o tribuno iniciou um projeto de colonização das terras de Cartago, no norte da África, que eram consideradas malditas pela tradição romana.
A tentativa de ampliação da cidadania romana acabou sendo utilizada como motivação para que os plebeus se voltassem contra Caio Graco. Por meio dessa lei, eles temiam que os benefícios garantidos pela política de pão e circo fossem ameaçados. Após perder outra reeleição, Caio tentou organizar um golpe de Estado. Em resposta, o Senado decretou estado de sítio. Acuados, Caio e seus seguidores se refugiaram no monte Aventino, onde o tribuno ordenou que um escravo o matasse.
Encerrados esses conflitos, percebemos que a reforma agrária romana e a tomada de outras ações de natureza democrática foram violentamente combatidas pela nobreza romana. Ao mesmo tempo, notamos que a classe plebeia não se mostrava coesa nesses mesmos projetos de transformação, tendo em vista que muitos eram confortados pelas ações assistenciais do próprio governo de Roma.

Iago Azevedo

Tiberio e Caio Graco

 No Senado a plebe proletarizada tinha seus tribunos para defender seus interesses. O tribuno Tibério Graco propôs, em 133 a.C., a Lei Agrária, destinada a realizar em Roma a redistribuição de terras inativas (não cultivadas) entre os plebeus desempregados. Com o fim do mandato, o tribuno candidatou-se novamente (o que não era permitido por lei). Cercado no Capitólio por senadores e membros do partido dos nobres, Tibério foi massacrado junto com trezentos partidários.

    A revolta plebéia voltou novamente com Caio Graco, irmão de Tibério, em 123 a.C.. Caio Graco reivindicou melhores condições de vida para a plebe e conseguiu que o senado aprovasse a Lei Frumentária, que distribuía pão à plebe.

    Mas Caio Graco pretendia radicalizar o movimento, conseguindo terras para a plebe. Os cavaleiros impediram sua reeleição como tribuno, impondo sua proposta pela força, o movimento foi reprimido e os principais discípulos de Caio decapitados. Tibério Graco foi assassinado em um tumulto no senado e seu irmão Caio Graco foi perseguido e pediu para que seu escravo o matasse.

    Os irmãos Graco não conseguiram atingir seus objetivos com a liderança do movimento dos plebeus.



Iago Azevedo 

O fracasso da reforma agrária dos irmãos Graco

O ataque ao sistema aristocrático partiu de dois políticos que descendiam da mais alta nobreza romana Tibério e Caio Graco, os irmãos Graco. 
Apesar de moderado, o projeto dessa lei agrária foi violentamente rechaçado pela nobreza 
que conseguiu eleger um dos seus representantes, Octavius, como tribuno, com a missão explícita de vetá-lo. 
Essa manobra dos nobres era perfeitamente legal. Tibério convenceu então a plebe a votar a deposição de Octavius e a aprovar seu projeto, o que era ilegal. Uma vez aprovada a lei agrária, foi nomeada uma comissão de três membros, composta por Tibério, seu irmão Caio e um cunhado seu, para executar o que a nova lei determinava. 
Diante da ilegalidade do procedimento que levara à aprovação da lei e por ser contrário ao espírito da reforma de Tibério, o Senado recusou-se a autorizar os gastos necessários para a realização da reforma. 
Não obstante, dez anos depois, em 123 a.C., Caio Graco foi eleito tribuno, com a intenção de continuar a obra de Tibério. Beneficiado por uma lei de 125 a. C ., que dava ao tribuno o direito de reeleição, Caio Graco tinha, em tese, condições para concluir o projeto do irmão. 
Conduzidas com habilidade pelo Senado, as intrigas políticas surtiram efeito ao impedir uma nova reeleição de Caio Graco.
Os irmãos Graco foram para os romanos a derradeira chance de encaminharem sua sociedade para a democracia.Mas as bases sociais para o êxito dessas reformas aquelas forças sociais que, na Grécia, se opuseram com sucesso ao egoísmo aristocrático estavam totalmente corroídas.
Os irmãos Graco, formados na cultura grega e inspirando-se em seu exemplo político, pretendiam transformar o tribunato na magistratura suprema do Estado e torná-lo indefinidamente renovável tal como se dera, em Atenas, com o cargo estratego, que Péricles ocupou seguidamente. O fracasso dos Graco selou o destino de Roma.

MARCOS BARRETO

Declínio de Roma


O Império Romano começou o seu lento declínio em o século III dC, uma das principais causas de sua queda foi uma série de pragas, especialmente a praga de Cipriano, que dizimou a população do império, tornando mais difícil aumentar impostos suficientes e recrutar exércitos.
      Em 284 dC, Diocleciano tornou-se imperador. Ele viu o grande império desregrado e lo dividiou ao meio, o Império Ocidental e Império Oriental. Cada era governado por um imperador independente. Sob o governo de vários imperadores subseqüentes, o Império Ocidental e Oriental foram novamente unidos em uma única entidade. Teodósio I foi o último imperador que governou um unificado Império Romano. Após sua morte em 395 dC, o Império Romano foi dividido de forma permanente, o Império Romano do Oriente governada a partir de Constantinopla, enquanto o Império Romano do Ocidente foi governada de forma intermitente entre Roma, Mediolanum, e Ravena.
      Nos séculos IV e V dC, os povos nômades da Ásia Central começaram a emigrar da sua terra natal e causou danos consideráveis em todo o continente euro-asiático. Um destes grupos eram os hunos, que chegaram à Europa cerca de 370 dC. A chegada dos hunos na Europa imediatamente chamou um grande movimento involuntário dos povos germânicos que, séculos antes tinha se mudado da Escandinávia e se instalaram na margem norte do Império Romano. Estes povos germânicos foram forçados a deixar seus países de origem e entrou no mundo mediterrâneo, por vezes assentando-se calmamente, por vezes atacando cidades romanas ou, por vezes, oferecendo os seus serviços como mercenários para defender as cidades romanas contra outros invasores bárbaros. Os visigodos eram um dos primeiros grupos germânicos a cegar, varrendo os Balcãs, derrotando um exército romano grande na Batalha de Adrianópolis, em 378 dC e, em seguida, emigrando para a Itália e saqueando Roma em 410 dC. Finalment acabaram assentando-se e criando um reino na região da Aquitânia.
   Logo depois seguiram outros grupos germânicos como os vândalos, que invadiram a Europa Ocidental e África, onde eles conquistaram Cartago e estabeleceram um reino lá.As invasões germânicas eram implacáveis, os anglos e os saxões invadiram a Bretanha, obrigando Roma a sair da ilha em 410 dC. Os francos tomaram o controle de toda a Gália, e os ostrogodos conquistaram na Itália.  Em 500 dC, o Império Romano do Ocidente não existia, tendo sido substituído por uma série de reinos germânicos.  O Império Romano do Oriente manteve-se intacta e ainda sobreviveu por mais mil anos, como o Império Bizantino.

MARCOS BARRETO

Roma morreu como havia surgido




 O Império era um colosso à procura de uma alma. Sentia-se uma falta de finalidade em todas as fases da vida. Era como se os antigos deuses tivessem perdido seu poder; poucos pensavam que Júpiter e Vênus fossem mais que estátuas decorativas no Capitólio. Os anseios espirituais das massas não eram satisfeitos. Pouco mais de três séculos após a morte de Cristo, um imperador romano, Constantino, o Grande, abraçou o cristianismo. Fundando a "Nova Roma" — Constantinopla — às margens do Bósforo, ele dividiu o Império em dois.


"A história da sua ruína é simples e óbvia", concluiu Gibbons (Declínio e Queda do Império Romano). "E, em vez de perguntar por que foi o Império destruído, deveríamos antes surpreender-nos com o fato de ter subsistido por tanto tempo.


Império ocidental 


A partir do século III, o Império Romano ocidental entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do escravismo que abalou seriamente a economia, fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano. Além disso, houve disputas pelo poder e as legiões diminuíram. Enfraquecido, o Império Romano foi dividido em dois e a parte ocidental não resistiu às invasões dos bárbaros germânicos no século V. 


Império oriental 


Mesmo com o fim do Império romano ocidental, o Império Oriental ou Bizantino não caiu, mas os turcos otomanos, em plena ascensão, conquistaram o a Ásia Menor bizantina no princípio do século XIV. Depois de 1354, ocuparam os Balcãs e finalmente tomaram Constantinopla, o que representou o fim do Império Oriental em 1453.


Por: Renata Lobo 


Indico que leiam esse artigo: http://www.starnews2001.com.br/historia.html

Declínio de Roma

           



                 Um do principais fatores que deram início a decadência de Roma foi a paralisação das guerras, o que causou uma crise escravista, pois, sem guerra não havia novos povos conquistados e sem novas conquistas não haviam novos escravos, cada vez mais foi diminuindo o número de escravos e aumentando o seu preço, com isso veio uma crise econômica pois toda a economia se baseava na produção escravista. Além disso as sucessivas invasões bárbaras, a instabilidade política ( num período muito curto de tempo Roma teve vários de seus governantes assassinados, não havia quem conseguisse permanecer no poder.), a divisão do império, a desvalorização da moeda entre outras coisa, contribuiram para o fim do Império Romano,  a cidade perdeu seu valor, as pessoas refugiaram-se no campo, iniciando uma ruralização da economia, começou então o  feudalismo, onde a economia baseava-se na subsistência e o comércio.
                           
                                                                                                                 Yasmim

Reforma Agrária - Roma


Na medida em que conquistava novos territórios, Roma empreendia não apenas a sua supremacia militar frente a outros povos da Antiguidade. A cada região tomada, as terras eram empregadas no alargamento das fronteiras econômicas romanas. Desse modo, as atividades agrícolas, o comércio e o emprego de mão de obra escrava determinavam interessantes transformações. Além do enriquecimento, a conquista de terras provocou o alargamento das diferenças sociais.
Ficando com boa parte das terras conquistadas, os patrícios conseguiam produzir mais gêneros alimentícios e oferecer os mesmos a preços cada vez mais reduzidos. Essa situação acabou prejudicando os pequenos e médios proprietários plebeus que viviam na Península Itálica. Não conseguindo competir com os baixos preços impostos pela supremacia econômica dos patrícios, muitos desses proprietários menores vendiam suas terras e acabavam se tornando mão de obra barata nos centros urbanos romanos.
Com o passar do tempo, essas cidades, principalmente Roma, acabaram se transformando em palco de terríveis tensões sociais. A grande disponibilidade de escravos acabou limitando significativamente as vias de inserção econômica e social desses plebeus que se dirigiam às cidades. Além disso, os núcleos urbanos vivenciaram um insuportável inchaço demográfico que se sustentava na proletarização dos plebeus romanos.
Visando aplacar esses problemas, os tribunos da plebe e irmãos Tibério e Caio Graco resolveram estabelecer reformas que resolvessem esse grave problema que se desenvolvia. No ano de 133 a.C., Tibério Graco conseguiu aprovar uma lei agrária que limitou a extensão das terras pertencentes à nobreza e determinou a distribuição de terras públicas para os despossuídos. Desconfortáveis com tal lei, os grandes proprietários arquitetaram e executaram o assassinato de Tibério e 500 de seus asseclas.
Dez anos mais tarde, Caio Graco ascendeu ao cargo de tribuno da plebe com claras intenções de retomar os projetos de seu falecido irmão. Para tanto, conquistou o apoio político dos cavaleiros romanos ao beneficiá-los com uma lei que lhes concedia o direito de participar dos tribunais que controlavam a administração dos recursos públicos empregados nas províncias romanas. Além disso, ampliou suas bases de apoio ao propor a ampliação da cidadania romana aos demais povos aliados da Península Itálica.
A partir de então, Caio conseguiu aprovar leis que determinaram mudanças na forma de distribuição das terras conquistadas em Tarento e na Cápua. Logo em seguida, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que estipulava a venda de trigo a valores menores para os cidadãos mais pobres. Reeleito em 122 a.C., o tribuno iniciou um projeto de colonização das terras de Cartago, no norte da África, que eram consideradas malditas pela tradição romana.
A tentativa de ampliação da cidadania romana acabou sendo utilizada como motivação para que os plebeus se voltassem contra Caio Graco. Por meio dessa lei, eles temiam que os benefícios garantidos pela política de pão e circo fossem ameaçados. Após perder outra reeleição, Caio tentou organizar um golpe de Estado. Em resposta, o Senado decretou estado de sítio. Acuados, Caio e seus seguidores se refugiaram no monte Aventino, onde o tribuno ordenou que um escravo o matasse.
Encerrados esses conflitos, percebemos que a reforma agrária romana e a tomada de outras ações de natureza democrática foram violentamente combatidas pela nobreza romana. Ao mesmo tempo, notamos que a classe plebeia não se mostrava coesa nesses mesmos projetos de transformação, tendo em vista que muitos eram confortados pelas ações assistenciais do próprio governo de Roma.


Por: Kaene Durães

A reforma agrária com os irmãos Graco


O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebemos que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Com o passar do tempo, os grandes proprietários de terra – na maioria, patrícios ligados ao Senado – passaram a ameaçar a subsistência dos pequenos proprietários. Contudo, algumas transformações na organização política das assembléias foram de suma importância para que essa situação se modificasse. Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados.

Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.

Contudo, apesar de promover uma transformação benéfica a uma parcela significativa da população romana, este não teve o apoio popular necessário para consolidar seu projeto. Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras.

No ano de 125 a.C., uma reforma da lei romana passou a autorizar a reeleição dos tribunos da plebe. Aproveitando dessa mudança, Caio Graco assumiu seu segundo mandato como tribuno, em 123 a.C., e decidiu retomar o projeto de reforma agrária de seu falecido irmão. Contudo, para que seus objetivos fossem alcançados, teve o cuidado de ampliar suas bases de apoio político.

Inicialmente, buscou o apoio dos cavaleiros romanos ao aprovar uma lei que permitia a participação destes na administração das províncias e na organização dos órgãos judiciários dessa região. Logo em seguida, se aproximou das populações vizinhas à cidade de Roma. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.

Alcançada a formação de seus grupos aliados, este astuto tribuno estabeleceu reformas que realizaram um novo modelo de distribuição das terras conquistadas em Tarento e Cápua. Além disso, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que reduziu o valor de revenda do trigo para pessoas mais pobres. Reeleito em 122 a.C., Caio iniciou o projeto de fundação de uma colônia em Cartago.

Sentindo-se prejudicados por tais mudanças, os patrícios buscaram o apoio dos plebeus. Para consegui-lo, a elite romana argumentou que os plebeus poderiam perder a exclusividade de seus privilégios com a extensão da cidadania às populações vizinhas. Sem demora, os plebeus não concederam um novo mandato para Caio Graco, que em resposta tentou armar um golpe de Estado.

A ação gerou uma enorme conturbação social que desestabilizou o cenário político romano. O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

Apesar do projeto dos irmãos Graco terem sofrido severa oposição, outras figuras políticas tentaram retomar o seu projeto. Em 91 a.C., o tribuno Marco Lívio Druso buscou aprovar uma lei de redistribuição de terras. Mais uma vez, os grandes proprietários armaram um golpe que resultou no assassinato do tribuno. Contudo, o evento foi responsável pela deflagração da Guerra Social, que entre os anos de 90 e 89 a.C. assinalou as tensões que tomavam Roma por causa da questão agrária.

Por: Mylena Souza

Os motivos da queda do império romano



A queda do Império Romano foi causada por uma série de problemas internos que fragilizaram o Império e o colocaram à disposição de invasões de outros povos. Apesar de ser uma obviedade, todo Império começa a decair após alcançar o seu apogeu, e com Roma não foi diferente.

A população das cidades caiu por todo império devido ao colapso comercial e industrial. Enquanto o número de cidadãos (homens adultos e livres) durante o Principado em Roma era de 320 mil, em Constantinopla no século V havia apenas oitenta mil cidadãos (25% do número de cidadãos em Roma). Considerando que em Constantinopla existia um número menor de escravos, isso poderia resultar em uma população total cinco vezes menores. Os trabalhadores desempregados se fixaram no campo e tentaram produzir eles mesmos os bens que queriam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão de trabalho, ocorrendo uma drástica redução da produtividade da economia.

Esses fenômenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na auto-suficiência de pequenos territórios economicamente independentes.
Com seu sistema econômico destruído, a produção de armas e a manutenção de uma força militar defensiva se tornaram infinanciáveis, o que facilitou enormemente as invasões dos bárbaros.

Por: Mylena Souza

A reforma agrária - irmãos Graco

          A história da reforma agrária começa com os irmãos Graco no Império Romano.
          Tibério, eleito tribuno da plebe em 133 a.C., propôs uma lei que dizia que, quem possuísse mais de 310 acres de terra deveria doar o excedente para o Estado, com o objetivo de arrendar este terreno para os cidadãos pobres. O Senado se opôs a tal medida e após um tempo Tibério e seus aliados foram assassinados.
         Caio Graco irmão de Tibèrio foi eleito tribuno em 123 a.C., dez anos depois de seu assassinato. Caio elaborou leis para melhorar as condições de vida da plebe, e tentou dar continuidade a idéia de seu irmão de realizar uma reforma agrária em Roma e também foi assassinado junto com todos que apoiavam a lei.
        Acabaram entrando para a história como os primeiros a sugerirem esse tipo de atitude e até hoje são lembrados por todos. 

                                                                                                                    Yasmim

Os irmãos Graco tentaram modificar o modelo de distribuição de terras na Roma Antiga.

Por: Simei Miranda





A DESINTEGRAÇÃO DA REPÚBLICA ROMANA COMO ORDEM NA DESORDEM


A teoria da complexidade nas organizações, ao
se propor como desenvolvimento de uma estrutura de
referência para o entendimento da vida organizacional,
traz à tona a mesma e velha questão em torno da qual
todas as teorias dos sistemas organizacionais têm-se
pautado: o saber como gerenciar e organizar. STACEY
(1996, p.24), ao conceituar a ciência da complexidade,
afirma que as organizações de sucesso são sistemas
que tendem a estados de equilíbrio estável de adaptação
com sua sociedade, seu mercado e ambiente político.
Por detrás da compreensão de sucesso, esconde-se
uma pressuposição mais que evidente para a teoria da
complexidade: o sucesso numa organização está, de
certo modo, na conquista do controle de seu processo.
Assim, aparentemente, nada de novo na abordagem
da complexidade, uma vez que esta se desdobra a partir
da crítica ao paradigma gerencial do círculo vicioso:
prever e controlar.
O que a ciência da complexidade, no entanto, traz
de interessante para o entendimento da vida
organizacional é o seu foco no estudo dos fundamentos
da ordem inerente que se esconde em todos os sistemas
organizacionais. Em outras palavras, sua base analítica
está na evidência de que a tendência a auto-organizarse é um fenômeno que está na origem de todos os
sistemas. Todos os sistemas organizacionais tendem a
se constituir e se desintegrar, a partir de uma ordem
que só se manifesta em seu momento adequado.
O presente artigo pretende elucidar algumas das
categorias fundamentais da teoria da complexidade por
meio da interpretação de alguns fenômenos históricos
relativos a um dos grandes sistemas político-sociais do
Ocidente: o Império Romano em seu auge e decadência,
rumo à abertura de um novo humanismo.

Por: Simei Miranda

Irmãos Graco: reforma agrária - Lucas Dourado.


Tribunos e reformadores romanos, filhos de diplomata e governador de província. O mais velho, Tibério (164 a.C.?-133 a.C.), segue a tradição liberal da família desde o início da carreira, como questor na Espanha. Seu avô, Cipião, o Africano, herói da guerra entre Roma e Cartago, já havia sugerido a distribuição das terras entre os romanos.
Após ser eleito tribuno da plebe, Tibério propõe a Lei agrária, que tem como referencia a divisão das terras públicas, tendo como base a idéia de que o empobrecimento dos camponeses gerava uma tensão política. O senado acaba que recusando a proposta, vetada por outro tribuno, Otávio.
Mais tarde, após a morte de Tibério, seu irmão Caio Semprônio assume a liderança da facção radical dos populares. Como Tibério, Caio elege-se tribuno e continua o trabalho do irmão até que consegue distribuir terras publicas aos menos favorecidos.

Declínio do Imperio Romano - Lucas Dourado


O declínio de Roma teve inicio dentro do próprio império, o território foi expandido de tal forma que ficava cada vez mais difícil de proteger o império, fazendo com que os bárbaros tivessem mais facilidade em invadir Roma.
A medida que as invasões aumentavam, Roma sofria dificuldades com a economia , já que os exércitos precisavam ser abastecidos para que o numero de invasões diminuísse, No entanto faltava dinheiro para as construções públicas.
Além dos problemas políticos, há também contraste entre ideologias, cristianismo e a própria política, Os aristocratas acabavam abandonando suas antigas posições na sociedade Romana e aliavam-se á igreja, agravando ainda mais a situação da liderança romana, que já se encontrava deficiente.

Decadência do Império Romano - Paulo Padilha

Decadência e Queda do Império Romano 




O Império Romano do Ocidente (395-476 d. C.) resistia há mais de um século aos ataques dos seus inimigos exteriores, mas as suas fronteiras do Reno e do Danúbio permaneciam incólumes, apesar dos inúmeros sinais que profetizavam a próxima catástrofe. Nesta altura, era visível a miséria e degradação que reinavam nas províncias, esgotadas pelo mantimento dos exércitos e pela vida fausta dos imperadores. Entre os sintomas mais graves da ruína, contava-se: a diminuição da população e, consequentemente, dos contribuintes e dos possíveis soldados; o número cada vez maior de terras ermas, abandonadas pelos seus proprietários ou cultivadores para escapar às exigências do fisco; os constantes motins ou insurreições, tanto no campo como nas grandes cidades. Recentemente descobriu-se que, provavelmente, uma epidemia de malária pode ter enfraquecido a população romana na Itália e dizimado muitas vidas.

A política, inaugurada pelo próprio Augusto, de estabelecer colónias bárbaras dentro dos limites do Império e formar com elas grande parte dos exércitos romanos, teve como resultado a sua influência crescente, que se revela nos nomes de Arbogasto, Estilicão e Rufino. Destes bárbaros, estabelecidos no Império, partiram os primeiros ataques contra Roma. Os Visigodos, estabeleceram-se a sul do Danúbio com Teodósio. Dirigidos por Alarico e em nome do imperador do Oriente, ocuparam o Ilírico e a partir daí desolaram a Grécia, que pertencia ao Império Ocidental. Em 396, Alarico, perante o general de Honório, Estilicão, retirou-se novamente para a Ilíria e no ano 400 mudou-se com todo o seu povo para o Sul dos Alpes depois da terrível batalha de Pollentia, deixou a Itália até ao ano de 408, ano em que, sem qualquer oposição, marchou contra Roma, que só pode salvar-se mediante um forte resgate. Como as suas exigências, bastante moderadas, não foram atendidas por Honório, voltou a atacar Roma e obrigou Augusto a declarar guerra ao grego Átalo, tornando-se Alarico o seu comandante-em-chefe. Poucos meses depois, depôs o inapto Átalo e sitiou e saqueou Roma (410). O seu sucessor, Ataúlfo, guiou os Visigodos para as Gálias. Esta sucessão de eventos demonstra a anarquia reinante no Oeste, permitindo a Ataulfo lutar nas Gálias a favor de Honório e contra os Francos e, em Espanha, contra os Vândalos, Suevos e Alanos. Finalmente, Vália, sucessor de Ataulfo, estabeleceu-se na Gália ocidental com o consentimento de Honório, e fundou a monarquia visigótica. Nesta altura, também sob a égide imperial, a Espanha dividiu-se entre godos, suevos, vândalos e alanos. Estes últimos cruzaram o Reno e foram vencidos em Itália por Estilicão, tendo penetrado na Península Ibérica, até então livre de invasões, através das Gálias.
Honório morreu no ano 423. As províncias, à exceção da Bretanha, não tinham cortado formalmente os laços com o Império. A autoridade deste era simplesmente nominal e nas províncias estavam já em processo de formação os novos estados bárbaros. Ao longo do reinado de Valentiniano III, que sucedeu a Honório, destacam-se o estabelecimento dos Vândalos em África e a invasão dos Hunos de Átila. Os primeiros foram chamados pelo conde de África, Bonifácio, pelo ódio que nutria por Aício, conde de Itália, e em 440 tinham-se fixado definitivamente naquela região, se bem que reconhecessem a autoridade de Roma. Em 451, Átila invade as Gálias, acompanhado por tribos germânicas do Reno e do Danúbio, mas foi detido em Châlons pelos Visigodos e Romanos, unidos, a mando de Aécio, e teve que retirar-se para Panónia, a partir de onde, no ano seguinte, invadiu a Lombardia. Com o assassinato de Valentiniano III (455), o ramo ocidental da família de Teodósio extinguiu-se. 
As leis, a administração e a língua continuaram romanas, no entanto, a emancipação da Itália e de todo o Ocidente da influência imperial direta é considerada, com razão, como acontecimento que assinala a abertura de uma nova era. Este evento tornou possível o desenvolvimento da cultura germano-romana, facilitou o nascimento de diversos estados e nacionalidades, deu novo impulso à influência da Igreja cristã e levou à criação dos fundamentos do poder dos Pontífices.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os irmãos gracos e a reforma agrária


Os irmãos Graco e a Reforma Agrária
Os irmãos Graco sofreram forte oposição ao seu projeto de distribuição de terras.               
Por: Isis Caroline Almeida fernandes Santos

 Netos do grande Cipião, o Africano, vencedor de Aníbal, e filhos de Tibério Semprónio Graco, um senador conservador que se notabilizou no governo da Hispânica, Tibério e Caio Graco pertenciam a uma das principais famílias da nobreza plebéia. Como não eram patrícios, podiam aspirar ao cargo de Tribuno da Plebe. Essa era, aliás, uma forma usual de os jovens das grandes famílias plebéias darem início às suas carreiras políticas.
Os optimates dominavam o Senado que, na oligárquica república romana, era o órgão responsável pelas nomeações para as principais magistraturas do Estado, como o consulado, a questura e o censurado. A excepção era o importante cargo de Tribuno da Plebe, uma magistratura destinada a defender os interesses das classes populares. Os tribunos eram eleitos pelos plebeus, gozando de importantes prerrogativas: poder legislativo (podiam criar leis, mesmo com a oposição do Senado), inviolabilidade da sua pessoa (imunidade total durante o exercício do cargo), e poder de veto de todas as decisões do Senado. Os Gracos, embora pertencessem à nata da aristocracia romana, foram tribunos da plebe com preocupações sociais.

O primeiro a ocupar o cargo foi Tibério, o irmão mais velho, que foi
eleito Tribuno da Peble  em 133 a.C, Tibério Graco lutava por uma reforma agrária que pudesse por um fim ao êxodo rural e estabelecer limites á propriedade da terra. Revoltados com a idéia, os senadores que eram os donos dos maiores latifúndios de Roma assassinaram Tibério Graco nas escadas do Capitólio que tivera  um pouco à semelhança do que aconteceria a César, acusado de pretender cingir o diadema. O Cipião Emiliano, seu cunhado, teria assim aprovado ou até participado na conjura para matá-lo. As propostas de Tibério foram retomadas ano depois por seu irmão Caio Graco, eleito pelo Tributo do peble em 124 a.C. Baseado no modelo da democracia e buscando minar o poder dos ricos,Caio Graco defendia as divisão de terra publicas e suas distribuição entre os mais pobres. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse. 

Referencias bibliograficas: htpp//wwwbrasilescola.com/historiag/a-questão-agraria-roma.htm
 

Decadência e Queda do Império Romano

O Império Romano do Ocidente (395-476 d. C.) resistia há mais de um século aos ataques dos seus inimigos exteriores, mas as suas fronteiras do Reno e do Danúbio permaneciam incólumes, apesar dos inúmeros sinais que profetizavam a próxima catástrofe. Nesta altura, era visível a miséria e degradação que reinavam nas províncias, esgotadas pelo mantimento dos exércitos e pela vida fausta dos imperadores. Entre os sintomas mais graves da ruína, contava-se: a diminuição da população e, consequentemente, dos contribuintes e dos possíveis soldados; o número cada vez maior de terras ermas, abandonadas pelos seus proprietários ou cultivadores para escapar às exigências do fisco; os constantes motins ou insurreições, tanto no campo como nas grandes cidades. Recentemente descobriu-se que, provavelmente, uma epidemia de malária pode ter enfraquecido a população romana na Itália e dizimado muitas vidas.
A penúria agravava-se com as guerras civis e a rapacidade dos tiranos; mas, sobretudo, pelas incursões dos bárbaros, que aproveitavam todas as ocasiões para entrar em domínios de Roma e saquear as províncias. Entre os povos "bárbaros", destacam-se os Francos e Alamanos na fronteira das Gálias, os Pictos e Escotos na Bretanha, os piratas saxões em ambas as costas; os Quados, Sármatas e, sobretudo, os Godos no Danúbio, que penetravam na Panónia e Mésia, chegando até à Macedónia e Trácia. A política, inaugurada pelo próprio Augusto, de estabelecer colónias bárbaras dentro dos limites do Império e formar com elas grande parte dos exércitos romanos, teve como resultado a sua influência crescente, que se revela nos nomes de Arbogasto, Estilicão e Rufino. Destes bárbaros, estabelecidos no Império, partiram os primeiros ataques contra Roma. Os Visigodos, estabeleceram-se a sul do Danúbio com Teodósio. Dirigidos por Alarico e em nome do imperador do Oriente, ocuparam o Ilírico e a partir daí desolaram a Grécia, que pertencia ao Império Ocidental. Em 396, Alarico, perante o general de Honório, Estilicão, retirou-se novamente para a Ilíria e no ano 400 mudou-se com todo o seu povo para o Sul dos Alpes depois da terrível batalha de Pollentia, deixou a Itália até ao ano de 408, ano em que, sem qualquer oposição, marchou contra Roma, que só pode salvar-se mediante um forte resgate. Como as suas exigências, bastante moderadas, não foram atendidas por Honório, voltou a atacar Roma e obrigou Augusto a declarar guerra ao grego Átalo, tornando-se Alarico o seu comandante-em-chefe. Poucos meses depois, depôs o inapto Átalo e sitiou e saqueou Roma (410). O seu sucessor, Ataúlfo, guiou os Visigodos para as Gálias. Esta sucessão de eventos demonstra a anarquia reinante no Oeste, permitindo a Ataulfo lutar nas Gálias a favor de Honório e contra os Francos e, em Espanha, contra os Vândalos, Suevos e Alanos. Finalmente, Vália, sucessor de Ataulfo, estabeleceu-se na Gália ocidental com o consentimento de Honório, e fundou a monarquia visigótica. Nesta altura, também sob a égide imperial, a Espanha dividiu-se entre godos, suevos, vândalos e alanos. Estes últimos cruzaram o Reno e foram vencidos em Itália por Estilicão, tendo penetrado na Península Ibérica, até então livre de invasões, através das Gálias.


KAENE DURÃES

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O declínio e a queda do Império Romano


O declínio parece haver começado dentro do próprio Império no século IV a.C. A cada dia, ficava mais difícil proteger o imenso território e o exército tinha de utilizar seus recursos para conter as invasões bárbaras nos séculos III e V d.C. A economia começou a sofrer os efeitos das invasões, pois o dinheiro para as construções públicas e cerimônias era desviado para o exército.
O aumento do cristianismo também teve um impacto semelhante. Os aristocratas e pessoas cultas optavam pela igreja no lugar da política, debilitando assim a liderança romana. As pessoas abandonaram os templos e foros de Roma e começaram a migrar para novas igrejas nas saídas da cidade.
No século V d.C. o Império estava em pedaços. Em 455 d.C, os vândalos saquearam Roma. E em 476 d.C, o último Imperador, Romulus Augustulus, abdicou ao trono. O Império Romano chegava ao fim no oeste, mas continuou no leste até o século XV. 
Referências Bibliográficas:
http://discoverybrasil.uol.com.br/guia_roma/imperio/declinio/index.shtml
Por: Juliana Machado

Reforma agrária na Roma antiga


Uma das reformas agrárias mais antigas do mundo foi efetuada em Roma, liderada pelos irmãos Graco. A estrutura fundiária romana era quase invulnerável. O patriotismo dos Gracos despertou, no seio da plebe, uma liderança que se transformou em verdadeiro fanatismo. Eles mantinham um comportamento faccioso. Eram dois irmãos, filhos de Cornélia, que deles dizia serem as suas jóias. Eram fieis representantes da plebe. Manifestavam-se contra a aristocracia que se apropriava avidamente das terras conquistadas aos inimigos de Roma. Tibério Graco, como tribuno, propôs a renovação das leis agrárias de Licínio que o povo apoiou com simpatia.

Os partidos dos ricos provocaram um conflito no fórum, sendo Tibério e mais trezentos dos seus adeptos barbaramente sacrificados. Posteriormente Caio Seprónio Graco, irmão de Tibério tomou a iniciativa de continuar a reforma agrária. Não sem violência, renovou a questão e a guerra civil ensangüentou a cidade. Seus partidários foram derrotados, mas Caio conseguiu fugir. O cônsul Lúcio Opínio colocou a cabeça de Caio em leilão cuja oferta era o seu peso em ouro. A proposta sedutora despertou o interesse pela captura de Caio Graco. Com a procura de Caio, este, em vez de ser preso pelos inimigos, preferiu a morte pela mão de um dos seus seguidores. Era o ano 121 a.C. Os Gracos defendiam pela violência conquistar despoticamente a reforma agrária que satisfazia os anseios da plebe. Os Gracos eram facciosos, por isso foram sacrificados. Com o calor do prestigio manifestaram um radicalismo incontrolável, porem só conseguiram vitórias parciais.
As transformações políticas e sociais, quando são emanadas de líderes radicais, geram conseqüências imprevisíveis de efeitos desastrosos. As leis agrárias determinavam que ninguém podia possuir mais de 500 a 1000 jeiras de terra conforme o número de pessoas na família. Uma jeira corresponde a 0,200 hectare. A legislação extinguia definitivamente com o latifúndio. O Senado, composto na maioria por optimates, jamais concordaria com o loteamento das terras que iriam despojá-los da condição de latifundiários. A legislação não foi assimilada, sem um conflito fatal contra a pessoa dos irmãos Graco.
Referências bibliográficas:
http://www.jornalpequeno.com.br/2006/6/25/Pagina37027.htm
 
Por: Juliana Machado


Queda do Império Romano

Império ocidental 

A partir do século III, o Império Romano ocidental entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do escravismo que abalou seriamente a economia, fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano. Além disso, houve disputas pelo poder e as legiões diminuíram. Enfraquecido, o Império Romano foi dividido em dois e a parte ocidental não resistiu às invasões dos bárbaros germânicos no século V.
 

Império oriental 

Mesmo com o fim do Império romano ocidental, o Império Oriental ou Bizantino não caiu, mas os turcos otomanos, em plena ascensão, conquistaram o a Ásia Menor bizantina no princípio do século XIV. Depois de 1354, ocuparam os Balcãs e finalmente tomaram Constantinopla, o que representou o fim do Império Oriental em 1453.







Melissa Queiroz


PROPOSTA DE TIBÉRIO GRACO

Caio Graco e Tibério Graco eram da tribuno da plebe.Tibério propõe a Lei Agrária, que estabelece a divisão das terras públicas, por acreditar que o empobrecimento dos camponeses gera tensão social e política e põe em risco a república. O Senado recusa sua proposta, vetada por outro tribuno, Otávio.
Tibério subleva a plebe e destitui Otávio. Depois se candidata à reeleição para defender de novo a aprovação da lei, mas é assassinado durante um comício.

PROPOSTA DE CAIO GRACO

O irmão Caio Semprônio (160/153 a.C.?-121 a.C.) assume a liderança da facção radical dos populares após sua morte.
Elege-se tribuno em 123 a.C. e 122 a.C. e persiste no projeto de reforma agrária até conseguir distribuir terras públicas aos menos favorecidos. Defende a aprovação da Lei Frumental, que estabelece o subsídio ao trigo, e da Lei Viária, que determina a construção de obras públicas para empregar os desocupados. Candidata-se à reeleição em 121 a.C., mas sofre a oposição do Senado e acaba derrotado. Seus partidários se rebelam, e Caio é morto durante o levante.


A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.




Melissa Queiroz

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DESAGREGAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO

Essa fase foi marcada por crises em diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr fim ao grande império.
Uma das principais crises diz respeito à produção agrícola. Por séculos, os escravos foram a principal mão de obra nas grandes propriedades rurais. Entretanto, com a diminuição das guerras, o reabastecimento de escravos começou a ficar difícil.
Além disso, com o passar do tempo, os romanos tornaram-se menos hostis  aos povos conquistados, estendendo a eles, inclusive, parte de seus direitos. Ou seja, os povos dominados deixaram de ser escravizados.
Essas circunstâncias colaboraram para transformar a produção no campo. Por causa dos custos, muitos latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Nelas, o trabalho escravo já não era mais tão importante.
Nessa época, os lucros com a produção agrícola eram baixos.
O lugar dos escravos passou a ser ocupado, aos poucos, por camponeses, que arrendavam a terra em troca da prestação de serviços nas terras do proprietário. Havia também os colonos que, sem poder abandonar a terra, não tinham direito à liberdade, pois estavam ligados a ela por lei e por fortes laços pessoais.
O centro de produção rural era conhecido como Villa. Protegido por cercas e fossos, era habitado pelos donos das terras e todos aqueles que dela dependiam.
Ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal. Para uma população empobrecida, as cidades já não representavam mais uma alternativa de vida.
Arrecadando menos impostos pela diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.

ALUNA: AISSA GODINHO

A QUESTÃO AGRÁRIA NA ROMA ANTIGA

O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebemos que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Com o passar do tempo, os grandes proprietários de terra – na maioria, patrícios ligados ao Senado – passaram a ameaçar a subsistência dos pequenos proprietários. Contudo, algumas transformações na organização política das assembleias foram de suma importância para que essa situação se modificasse. Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados.

Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.

Contudo, apesar de promover uma transformação benéfica a uma parcela significativa da população romana, este não teve o apoio popular necessário para consolidar seu projeto. Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras.

No ano de 125 a.C., uma reforma da lei romana passou a autorizar a reeleição dos tribunos da plebe. Aproveitando dessa mudança, Caio Graco assumiu seu segundo mandato como tribuno, em 123 a.C., e decidiu retomar o projeto de reforma agrária de seu falecido irmão. Contudo, para que seus objetivos fossem alcançados, teve o cuidado de ampliar suas bases de apoio político.

Inicialmente, buscou o apoio dos cavaleiros romanos ao aprovar uma lei que permitia a participação destes na administração das províncias e na organização dos órgãos judiciários dessa região. Logo em seguida, se aproximou das populações vizinhas à cidade de Roma. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.

Alcançada a formação de seus grupos aliados, este astuto tribuno estabeleceu reformas que realizaram um novo modelo de distribuição das terras conquistadas em Tarento e Cápua. Além disso, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que reduziu o valor de revenda do trigo para pessoas mais pobres. Reeleito em 122 a.C., Caio iniciou o projeto de fundação de uma colônia em Cartago.

Sentindo-se prejudicados por tais mudanças, os patrícios buscaram o apoio dos plebeus. Para consegui-lo, a elite romana argumentou que os plebeus poderiam perder a exclusividade de seus privilégios com a extensão da cidadania às populações vizinhas. Sem demora, os plebeus não concederam um novo mandato para Caio Graco, que em resposta tentou armar um golpe de Estado.

A ação gerou uma enorme conturbação social que desestabilizou o cenário político romano. O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

Apesar do projeto dos irmãos Graco terem sofrido severa oposição, outras figuras políticas tentaram retomar o seu projeto. Em 91 a.C., o tribuno Marco Lívio Druso buscou aprovar uma lei de redistribuição de terras. Mais uma vez, os grandes proprietários armaram um golpe que resultou no assassinato do tribuno. Contudo, o evento foi responsável pela deflagração da Guerra Social, que entre os anos de 90 e 89 a.C. assinalou as tensões que tomavam Roma por causa da questão agrária.
Autor: Rainer Gonçalves Sousa

ALUNA: AISSA GODINHO