Pesquisar

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Degradação do Império Romano

O Império Romano do Ocidente resistia há mais de um século aos ataques dos seus inimigos exteriores, mas as suas fronteiras do Reno e do Danúbio permaneciam são e salvas, apesar dos inúmeros sinais que profetizavam a próxima catástrofe. Entre os sintomas mais graves da ruína, contava-se: a diminuição da população e, conseqüentemente, dos contribuintes e dos possíveis soldados.
A penúria agravava-se com as guerras civis e a rapacidade dos tiranos; mas, sobretudo, pelas incursões dos bárbaros, que aproveitavam todas as ocasiões para entrar em domínios de Roma e saquear as províncias. A política, inaugurada pelo próprio Augusto, de estabelecer colónias bárbaras dentro dos limites do Império e formar com elas grande parte dos exércitos romanos, teve como resultado a sua influência crescente, que se revela nos nomes de Arbogasto, Estilicão e Rufino. Destes bárbaros, estabelecidos no Império, partiram os primeiros ataques contra Roma.
Em 396, Alarico, perante o general de Honório, Estilicão, retirou-se novamente para a Ilíria e no ano 400 mudou-se com todo o seu povo para o Sul dos Alpes depois da terrível batalha de Pollentia, deixou a Itália até ao ano de 408, ano em que, sem qualquer oposição, marchou contra Roma, que só pode salvar-se mediante um forte resgate. Honório morreu no ano 423. As províncias, à exceção da Bretanha, não tinham cortado formalmente os laços com o Império. A autoridade deste era simplesmente nominal e nas províncias estavam já em processo de formação os novos estados bárbaros.
Os povos vieram com Odoacro, rei dos Hérulos e fixaram residência em Itália, sendo-lhes distribuído um terço das terras. Todo o ocidente do Império caiu na posse dos povos germânicos. Este evento tornou possível o desenvolvimento da cultura germano-romana, facilitou o nascimento de diversos estados e nacionalidades, deu novo impulso à influência da Igreja cristã e levou à criação dos fundamentos do poder dos Pontífices.

2 comentários: